quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

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Já indo direto ao papo, quem passa por aqui e dá sempre uma espiada já reparou que há vários textos sem títulos, apenas com reticências? Pois é, vi que em muitos momentos levamos a vida desse jeito, como se falasse: "então, deixa rolar" ou "é, deixa a conclusão para o final, beeeem para o final". Você deve estar perguntando: "Putz cara, o que essa menina tá falando?", realmente eu sempre quero falar algo mas nunca entregar nada entende? Gosto de ser assim, as vezes você precisa pensar, fazer os outros pensarem, ou simplesmente não entenderem nada, algo bem íntimo, talvez.

Bom, estou no meu momento Type O Negative, e esse é o tipo de fase que só eu me entendo, e quase um masoquismo, com uma pitadinha de sadismo, seguido de vários dias a base de Peter Steele, filmes, composições, letras e textos que só fazem sentido para mim, sim, sou egoísta as vezes, mas não sou a única a ser assim certo? Desde novinha não perco essa mania de pensar ouvindo uma determinada banda, e fico ouvindo ela por semanas seguidas, analisando tudo, os anos passam e eu vejo que há coisas que não mudam apesar que, como o seu Raul já disse: "Eu prefiro ser, essa metarmose ambulante".

NOTA: Não pessoas, eu não sou fã de Raul, não sou a favor em todo mísero barzinho ter sempre um infeliz que fala: "toca Raul" e eu já fui obrigada a ouvir por horas seguidas o seu Seixas aí, (vizinhos legais ¬ ¬).


Continuando...Parar para ficar pensando no meio da madrugada as vezes compensa, ou não. Sim eu perco saúde, não faço quase nada produtivo (ou talvez nada, literalmente) mas quando vou para a cama vem uma ansiedade estranha e o meu cérebro funciona demais para uma pessoa só, sério, não é legal argumentar, pensar, analisar, aliás, tudo que tem a palavra DEMAIS antes é um problema, isso é FATO!

Mas vamos pensar um pouquinho, nossa vida é uma coisa estranha, nascemos, certo, nos enfiam em uma escola, regras, pecados e coisas derivadas, e achamos que isso é estar vivendo, passam-se alguns anos e nos enfiam em uma Universidade/Faculdade ou chame como preferir, lá você encontra um monte de sonhos, ilusões, malucos, depressivos, competição, provas, notas, regras e coisas assim, e você continua achando que isso é vida. Certo, vamos agora debater isso que acabei de escrever.


Uma pessoa com 19 anos, como eu por exemplo, tive uma iniciação na educação um tanto confusa. Entrei no dito "prezinho" já sabendo ler, escrever e fazer mil coisas, sim, eu era adianta e toda aquela coisa metódica me cansava, nunca tive paciência muito longa desde criança, então logo que observaram isso me pularam um ano. E aí? Graaaaande coisa... lá se vai mais um ano de blábláblá, tirando notas boas, reuniões, férias e mais um ano, e assim por diante, contando tudo lá se foram 9 anos, e o que eu fiz? Estudei, estudei e estudei, não que eu ache isso ruim, porque acho que sou uma das poucas pessoas que sente prazer em aprender e estudar, um livro de qualidade é quase orgásmico hahahaha... Mas, não desviando do foco... Então, estudei, estudei, estudei, passei na prova para um colégio concorrido por aqui para fazer o ensino médio, vivi de regras (e quebrando algumas também, porque eu não sou de ferro), certo, daí quando eu cansava de estudar era quando eu estudava mais ainda, no fim do terceiro ano me dei conta que eu já não era mais a mesma. Por que? Bom, porque eu esqueci de mim, da minha vida, e de viver, e acho que até hoje ninguém sabe definir o significado concreto de 3 palavras: viver, amor e amizade. Ou seja, o meu viver e diferente do seu, o meu amar e diferente e a minha amizade também.

Certo, depois de tudo isso chego a Faculdade para estudar mais um pouco, detalhe: faço duas, e daí que eu paro para pensar como o modo de agir das pessoas que optaram para cada uma são diferentes das outras (sim, sou observadora). Na música é um pessoal bem divertido, alegre, e a maioria puxa papo com você do nada, mesmo havendo o lance de competitividade onde nunca se escapa, as pessoas são mais soltas, não há tanto o lance de tabu, e ali é onde a união na maioria das vezes faz a força. No Jornalismo (o qual não nego meu amor), geralmente as pessoas desse meio são sérias, desconfiadas e bem críticas, não espere que um jornalista vá organizar a festa de fim de ano, sempre tem um publicitário ou um relações públicas para colocar fogo na coisa. Jornalistas são pessoas legais também, mas dependendo nem sempre irão te dar uma liberdade para conversar ou algo do tipo, pode ser de pessoa para pessoa, claro, mas a profissão em si mostra que no seu ambiente você tem contatos e fontes, a amizade fica por fora. Ambas são profissões que, ou você ama ou você deixa, e como eu amo, permaneço. Se eu fosse levar esse amor pelo lado do signo (sagitário), poderia dizer que duraria até a próxima semana hahahaha mas não tem como, pelo menos nesse caso!

Tudo isso foi para concluir que: Não sabemos se o viver é realmente o que queríamos viver,não sabemos se o que estamos fazendo é o que no fim queremos, algumas pessoas só se dão conta que não viveram como queriam, que só fizeram o que os outros queriam e não o que se satisfazia e apenas vivia para cumprir a rotina determinada, no fim acabam frustradas. É pensando bem, prefiro sentir que estou aproveitando como eu quero e como me sinto bem, pois se eu for enumerar as coisas que eu me arrependi são quase nulas e esse ano ainda irão rolar muuuuitas coisas e experiências novas, então, feche os olhos, respire e, se joga!!!


Ouvindo: Type O Negative - In Praise of Bacchus







Um comentário:

Neberus disse...
Este comentário foi removido pelo autor.